Alguns óleos essenciais podem provocar manchas na pele.
Certos óleos essenciais apresentam na sua composição componentes que podem deixar a pele mais sensível à influência dos raios ultravioletas.
O uso tópico de um óleo essencial que tenha na sua composição componentes fototóxicos poderá causar alterações na pigmentação da pele, com reações que podem variar desde uma leve mudança de cor ou manifestação de vermelhidão, até queimaduras profundas.
Isso acontece quando os óleos essenciais têm moléculas pertencentes à classe das cumarinas, principalmente as furanocumarinas. Estas moléculas são ativadoras do bronzeamento pela estimulação da melanina, o pigmento escuro que dá o tom característico à pele.
De uma forma simplificada, podemos dizer que as furanocumarinas ligam-se ao DNA e uma reação tóxica é catalisada pela luz ultravioleta, matando algumas células. Consequentemente, outras células da pele começam a produzir mais melanina, ocorrendo então o escurecimento da pele.
A maioria dos óleos essenciais obtidos das cascas de frutas cítricas apresentam qualidades fotossensibilizantes. Poderá acontecer nos óleos essenciais de laranja, limão, bergamota, etc. extraídos por expressão ou prensagem a frio.
Pode também encontrar no mercado óleos essenciais cítricos obtidos por destilação, embora sejam menos comuns. Os óleos essenciais cítricos destilados não são fotossensibilizantes, pois a sua constituição não apresenta furanocumarinas. Apenas os óleos essenciais prensados a frio de cascas cítricas apresentam o risco de fototoxidade.
Para um uso seguro de óleos essenciais com propriedades fotossensibilizantes, recomenda-se que a pele não seja exposta de forma direta e prolongada ao sol ou a cabine de bronzeamento artificial, num período de 12 horas após a aplicação do óleo essencial na pele.